domingo, 18 de setembro de 2022

A Importância da pesquisa cientifica em Artes na escola contemporânea




Devemos ter consciência que a prática de ensino está situada de acordo com as constantes transformações da vida cotidiana e assim, o professor deve manter-se atento às mudanças que a sociedade impõe, que vêm acontecendo de forma cada vez mais rápida, na realidade contemporânea.

Neste sentido, a pesquisa no ambiente escolar é um caminho para a observação dessas mudanças, para visualização de problemas e a proposição de soluções, através de ações que relacionem a prática educacional à realidade social e cultural do aluno.

Pelo regimento que ampara o ensino da arte em sua importância para o estudo da cultura, cabe ao professor, em sua plena formação e aquisição de competências, garantir ao aluno a aplicação dos conteúdos aliados à pesquisa e aplicação de projetos que as direcionem. Por isso, situar-se em constantes atualizações, haja vista os avanços tecnológicos e o acesso a novas mídias. É quando a arte passa a instigar maior participação ou respostas mais imediatas de seu público, principalmente, por este momento histórico manter-se interligado culturalmente, ao ponto do “mundo de percepção do aluno não estar mais restrito ao seu meio”, extrapola o ambiente do lar, da escola e do bairro em que vive (ANDRÈS, 2000, p.150).

Assim, Ferraz e Fusari apontam uma preparação singular do professor de arte e já insere a arte como um diferencial analítico nos conteúdos: linguagens, códigos e suas tecnologias, “nossa competência é incluir e educar a capacidade de julgar, avaliar as atividades e as experiências em todas as linguagens consideradas como meios de comunicação e expressão (1999, p.44).

Dewey visualizou uma educação que desse condições para os alunos tomarem consciência para a resolução de problemas por si mesmos, provocando iniciativa e autonomia, produzindo resultados, estreitando relações entre teoria e prática.

Teorias adotadas pelo educador Anísio Teixeira em seu livro Educação e o Mundo Moderno, onde aponta que este tipo de educação pautada na experiência,


“representa uma reconstrução dos esforços de Dewey para integrar indivíduos e sociedade, trabalho e jogo, mente e corpo, criança e currículo, o espontâneo e o reflexivo, o natural e o social, sentidos e inteligência, ciência e humanismo, ação e reflexão, cultura e eficiência, autoridade e liberdade, disciplina e interesse, o subjetivo e o objetivo, o saber e o fazer, teoria e prática, o precário e o estável, e assuntos referentes à realidade brasileira imediata” (BARBOSA, 2001, p. 63). 

A pesquisa dentro da escola visa nortear educadores de arte e seus alunos, em atividades que se baseiam exatamente nesse pensamento de Dewey e ainda no de Nicolas Bourriaud que pondera a união da práxis e poiésis, teorizadas por Marx, que visa a “totalização da experiência (...) mesclando produção e produto em um dispositivo de existência” (Dewey, 2010, p.68).

Santos, em sua obra Pela mão de Alice, aborda a importância da pesquisa e da ciência dentro da universidade, porém havemos que ponderar que a pesquisa científica pode estar presente na educação básica também. Sentimos a necessidade de ampliar para todas as instâncias educacionais a consideração de que

 

É cada vez mais importante fornecer aos estudantes uma formação cultural sólida e ampla, quadros teóricos e analíticos gerais, uma visão global do mundo e das suas transformações de modo a desenvolver neles o espírito crítico, a criatividade, a disponibilidade para a inovação, a ambição pessoal, a atitude positiva perante o trabalho árduo e em equipe, e a capacidade de negociação que os preparem para enfrentar com êxito as exigências cada vez mais sofisticadas do processo produtivo. (p. 198, 2010). 

A pesquisa na educação básica otimiza a produção do conhecimento, permite ao alunos exercitarem a busca de respostas, valoriza suas experiências prévias, projeta caminhos, rompe barreiras entre o conhecimento empírico e o conhecimento científico.

Importância do conhecimento popular o empírico para o conhecimento cientifico.

            Entendemos como conhecimento popular ou conhecimento comum, dos saberes disseminados sem comprovação advindas por uma tese (caso do conhecimento científico), sendo reduzido de forma costumeira como mera informação. Segundo Lakatos, “O destinatário desse tipo de informação popular é o que se pode chamar de grande público; ele não se ocupa em investigar profundamente a validez das informações” (p.85, 2018). É ainda, o que o filósofo, que estudou a fenomenologia das relações sociais, Alfred Schutz chamou de conhecimento tácito, fundamental para lidarmos com as incontáveis situações diárias que constituem a vida social, pois a mesma se baseia em um sentido comum do que é real, principalmente no conhecimento contido na cultura.

Abbagnano (p. 205, 2012) conceitua o conhecimento, de forma geral, como “uma técnica para a aferição de um objeto”, objeto este que possibilite a descrição, o cálculo ou a previsão verificável, onde a técnica pode ter os mais diversos graus de eficiência.

Devemos considerar a importância de todas as formas de conhecimento, elas se cruzam à medida o objeto de interesse surge até a aferição de sua existência, como cita o autor, é quando uma tese se apresenta em suas complexidades, surgindo assim, uma fonte de pesquisa.

O conhecimento é costumeiramente dividido em diferentes campos: conhecimento popular, filosófico, religioso e cientifico. Porém, o conhecimento cientifico diferencia-se dos demais, não pelo seu objeto de estudo, mas pela forma como o mesmo é obtido.

Porém, defendemos que o conhecimento empírico é uma importante base para o pensamento e a sociabilidade, por isso precede o conhecimento científico, pois muitas pesquisas e comprovações científicas surgiram de forma a esclarecer dúvidas em relação ao conhecimento popular.

É ainda o conhecimento referenciado por Marilena Chauí quando cita o pensamento de John Locke: “De onde procede todo o material da razão e do conhecimento? Responde em uma só palavra: da experiência. Todo nosso conhecimento se baseia nela e dela provém em última instância” (apud, Chauí, p. 129, 2006)

Como se formam os conhecimentos? Por um processo de combinação e associação dos dados da experiência. Por meio das sensações, recebemos as impressões das coisas externas; essas impressões formam o que Locke chama de ideias simples. (Chauí, p. 129, 2006).

 Reconhecemos, assim, que toda forma de conhecimento é válida e necessária. Os conhecimentos formam as bases de nossas relações sociais e se entremeiam trazendo sentido à nossa existência.

 

 

REFERÊNCIAS

ABBAGNANO. Dicionário de Filosofia. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

ANDRÈS, Maria Helena. Os caminhos da Arte. 2° ed. Belo Horizonte: C/Arte, 2000.

BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino da arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 2001.

_________________ Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998.

BOURRIAUD, Nicolas. Formas de vida: a arte moderna e a invenção de si. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ªed. São Paulo: Ática, 2006.

DEWEY, J. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010,

FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez, 1999.

JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zaar, 1997.

LAKATOS. Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2018..

SANTOS, Boaventura Sousa. Pela mão de Alice. 13. Ed. São Paulo: Cortez, 2010.

 

 


sábado, 18 de junho de 2022

A produção feminina nas Artes Visuais

 

A arte no Ensino Médio, pode trazer temas transversais que trabalhem  questões de gênero.

Assim, indico a abordagem de  conteúdos que tratatem da arte moderna,  onde o relato de Luciana Loponte, 2013, faz rememorar a forma que fizemos menção às produções femininas da arte no Período Impressionista, onde comumente se destacam nomes como Claude Monet, Pierre August Renoir e Edgar Degas, conseguimos trabalhar a arte de artistas como Berthe Morisot, Marie Bracquemond Mary Cassatt  Georgina Albuquerque, raramente citadas nas produções bibliográficas especializadas. A autora questiona rótulos e sub julgamentos à arte produzida por mulheres, como o termo “arte feminina”, por nenhuma revolução das artes plásticas terem sido estranhas às mulheres (p.10). Assim, podemos propor experiências, trabalhando produções que tragam questões de gênero sem nos determos no feminismo ou machismo, mas reconhecendo o trabalho de artistas “esquecidas” estruturalmente dentro de uma sociedade.

Vídeo produzido por Liviane Oliveira, então estagiária na disciplina de arte do Iema Up São Luís, em 2021.


Ver artigo "Artes visuais, feminismos e educação no Brasil: a invisibilidade de um discurso" de Luciana Gruppelli Loponte, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


terça-feira, 3 de agosto de 2021

Herança Ameríndia

ARTE CULTURA E ANCESTRALIDADE NOS POVOS AMERÍNDIOS

É importante que conheçamos a diversidade étnica e cultural dos primeiros habitantes das américas. desta forma, conhecer para valorizar a cultura de povos que tanto contribuíram para a formação do continente, com recorte em especial aos povos Maias, Incas, Astecas e algumas das etnias indígenas brasileiras, encontrando nas mesmas, as nossas próprias raízes identitárias.
Arte Pré-Colombiana

Em muitos grupos humanos a arte se manifesta por uma estética coletiva, que reflete identidades e valores culturais próprios. Quando dizemos que um objeto tribal tem qualidades artísticas, podemos estar lidando com conceitos que são próprios da civilização ocidental, mas estranhos à comunidade em questão.

Muitos povos não possuem nenhuma palavra para designar arte. No continente americano, há uma densa mistura de várias culturas com identidades diferentes. Com a colonização buscou-se impor a arte e cultura europeia a estes povos.

Isso não impediu a manutenção de outras culturas ancestrais, como a indígena e africana, que estão enraizadas em nossa formação cultural. A falta de conhecimento dessas culturas cria uma visão de estereótipo das mesmas.

No Brasil algumas regiões apresentam mais presença de cultura indígena que outras, mas herdamos muitos dos costumes desse povo. Diz-se “índio”, no singular, sem diferenciar as centenas de povos que vivem no território brasileiro, o uso genérico da palavra “índio” para os nativos das Américas veio de um equívoco dos primeiros colonizadores que acreditavam terem chegado à Índia.


Durante a colonização europeia das Américas, várias etnias indígenas foram extintas ou tiveram sua população e territórios reduzidos por guerras, escravidão ou ao contraírem doenças dos europeus.
Mapa com a distribuição dos povos nativos das américas

Cada grupo indígena possui seus mitos, crenças, rituais e manifestações artísticas, com produções simbólicas e estéticas relacionadas a usos e costumes. Os nomes dados a estes povos são: indígenas da América, nativos do Alasca, primeiras nações, índios americanos e povos aborígines.

Dentre os povos pré-colombianos, haviam os astecas que viviam no atual México; os maias, na Guatemala, Honduras, na Península de Yucatán e também no México; os incas, no Peru, parte da Bolívia e Equador.
Pirâmide maia, no México, cercada por densa floresta e tem um templo no topo.

Apesar de serem povos seminômades, ou seja, tribos que migravam periodicamente, apresentavam uma grande diversidade sociocultural com intrigante e complexa produção, que tomamos como artística, em nossa interpretação cultural.

A arte maia expressou-se, sobretudo, na arquitetura e na escultura. Suas monumentais construções, utilizadas, sobretudo, para realização de cerimônias. A arquitetura maia apresenta um elevado grau de sofisticação, suntuosidade e monumentalidade, com a produção de templos, palácios, pirâmides, túmulos e observatórios. 
Imagem de um relevo que mostra um sacrifício humano onde um homem é decapitado.

A arte escultórica maia tinha a finalidade de embelezar os locais, de forma que adornava os templos e os palácios. Os materiais mais utilizados para a produção dessa arte eram as pedras, gesso e madeira.

Os Incas produziram uma arte diversificada e extensa, com destaque para a arquitetura, há o conjunto de terraços e o observatório astronômico em Machu Picchu, patrimônio da humanidade e ponto turístico da região andina.
A imagem acima mostra a Cidade Perdida dos Incas, Peru.

O artesanato têxtil alcançou, entre os incas andinos, um grande apuro técnico. Os tecidos incas destacavam-se pelos estampados variados e de cores vivas. Os incas conheciam a técnica de produção de vários tipos de tecidos graças à facilidade de matéria-prima: cultivo de algodão e as lãs fornecidas pelas lhamas e alpacas. Imagem de Machu Picchu,

Na ourivesaria e, em geral, o trabalho em metais, também alcançou alto grau de desenvolvimento. 
Na imagem, uma Faca com detalhes em ouro, utilizada em cerimoniais.

Das artes produzidas pelos incas nenhuma, porém, foi tão original quanto a cerâmica. Os diferentes estilos e técnicas nos permitem, hoje, estudar a evolução do império e a sucessão de culturas que acabaram por criar a cultura inca. Em Chavín e Paracas, as cerâmicas eram entalhadas ou pintadas com figuras de felinos. A espessa cerâmica de Tihuanaco era pintada de vermelho ou cor de laranja e, geralmente, apresentava a forma de uma taça sem pé. Uma serpente se enroscava nesta taça e a cabeça do réptil ultrapassava o limite superior da taça. Em Recuay manufaturava-se uma cerâmica quase branca, com decoração entalhada. Nazca desenvolveu uma cerâmica delicada e de finíssima espessura: bastante polida, era enfeitada com frutos e flores. A cerâmica de Nazca é conhecida mundialmente por utilizar, como elemento decorativo, cabeças humanas reduzidas e mumificadas.
Imagem de garrafa de cerâmica Nazca, Museu de Arte de Nova York.

Na cultura Asteca, o artesanato a era muito rico e ornado, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses, construíram aquedutos, templos e edifícios administrativos. Criaram um calendário solar preciso com 365 dias. Na economia, utilizaram sementes de cacau como moeda (criaram a bebida xocoatl, que foi a precursora do famoso chocolate). 
Calendário asteca esculpido em pedra.


Pirâmide da Lua, em Teotihuacan, no México.

ARTE PRÉ-CABRALINA

“No final do século XV, os portugueses chegaram ao litoral da América do Sul. Tinham como objetivo ampliar a ocupação do território, tomando para si as terras que encontrassem, transformando-as em colônias (...) os portugueses encontraram civilizações muito antigas, que viviam no continente americano há pelo menos mil anos. A cultura desses povos era muito diferente da cultura dos europeus e suas manifestações artísticas, ricas e variadas, estavam diretamente relacionadas às suas crenças e aos seus modos de vida. A produção cultural dos povos que viviam na região do atual Brasil, antes do século XV, é chamada de arte Pré-Cabralina, ou seja, a arte que precede a chegada de Pedro Álvares Cabral. A seguir, estudaremos duas dessas manifestações: a arte marajoara e a arte tapajônica.” (Vilela, Telaris, p.36)

A cidade de São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, registra indícios da presença humana datados há cerca de cem mil anos. Em Lapa Vermelha (Minas Gerais) foi encontrado um verdadeiro cemitério com ossos datados em doze mil anos, o primeiro encontrado por Annette Laming-Emperaire na década de 1970, foi "batizado" de Luzia (fóssil quase perdido pelo incêndio do Museu Nacional em 2018) e que tem características faciais mais aparentada com os aborígenes da Austrália.

Mas até pouco tempo o chamado 'descobrimento do Brasil' era algo pacificamente aceito por amplos setores da sociedade brasileira e que apenas de uns anos para cá começou a ser debatido e questionado, pois o continente inteiro já era habitado. Antes dos europeus haviam cerca de 5 milhões de índios no Brasil, atualmente encontramos no território brasileiro 256 povos indígenas, falantes de mais de 150 línguas diferentes. Os povos indígenas somam, segundo o Censo IBGE 2010, 896.917 pessoas. Destes, 324.834 vivem em cidades e 572.083 em áreas rurais, o que corresponde aproximadamente a 0,47% da população total do país.

E, neste longo percurso humano, registra-se uma diversificada e rica produção cultural e artística. Lembrando que a arte está presente em várias instâncias da vida: nos objetos cotidianos de modo utilitário, nos objetos ritualísticos, nas pinturas corporais, na manufatura de objetos de caça, na decoração ou confecção de instrumentos musicais. Pois a arte é uma manifestação essencialmente humana.
Imagem da aquarela Os Índios, Jean Baptist Debret 1768

Apesar da sua grande diversidade étnica, os índios brasileiros apresentam alguns traços em comum, como a pratica da caça, pesca e coleta de frutos. Na organização arquitetônica moram em aldeias feitas de construções, chamadas “ocas” de formato e tamanhos variados confeccionadas em palha, madeira ou barro. Sua organização social comum ponderava no que fosse produzido, divido de maneira igual. Sua “arte” se baseia no esmero e riqueza de detalhes nas confecções de objetos utilitários, ritualísticos ou bélicos. Os índios utilizam adornos corporais e pinturas com materiais extraídos da natureza, como a tintura de urucum, os colares de peças naturais, e os botoques e adornos feitos com base na arte plumária (que utiliza plumas e penas de aves, muitas vezes alimentadas de maneiras especiais para variações nas cores de suas penas). Há uma importante simbologia por trás dos adornos e das pinturas corporais, que podem identificar o sexo, a idade, a aldeia e a posição social do índio, estabelecendo uma espécie de identidade dos povos indígenas. 

Alguns índios que se destacam por sua cerâmica são os: Kadiwéu (conhecidos também como índios cavaleiros, por suas habilidades na montaria. Os mesmos, guerreiros, lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai, razão pela qual, como contam, tiveram suas terras reconhecidas) e Terena, de Mato Grosso do Sul; Karajá, de Tocantins; Marubo, Tukano, Maku e Baniwa, do Amazonas. Imagem de Cerâmica Kadiweu de Matchua (indígena Kadiwéu de Porto Murtinho/MS).
imagem de cerâmica dos Kadiwéu

A maioria da produção estética é por meio de materiais naturais do ambiente que vivem, como argila para cerâmica, as palhas para cestos, tintas com pigmentos naturais, penas coloridas de aves, conchas e outros. 
Há ainda a cerâmica produzida na Ilha de Marajó, a marajoara, normalmente ela contém pinturas com grafismos imagens de deuses ou animais. 
Imagem de cerâmicas marajoara.

Os desenhos dos Kadiwéu são geométricos, complexos e revelam um equilíbrio e uma beleza que impressionam o observador.
Além do corpo, que é o suporte próprio da pintura Kadiwéu, os seus desenhos aparecem também em couros, esteiras e abanos, o que faz com que seus objetos domésticos sejam inconfundíveis.
Dos instrumentos musicais os índios usam o tambor, uma espécie de chocalho que é chamada de maracá, flauta madeira ou osso, denominada membi.
Imagem de instrumentos musicais indígenas

Suas armas prediletas são o arco e a flecha, de várias dimensões, lanças e o tacape, feito de madeira pesada. Algumas tribos utilizam a zarabatana, tubo oco por onde disparam, com o sopro, pequenas setas envenenadas. 
Índios brasileiros da etnia Pataxó durante ritual utilizando a dança
 
Os tupi-guaranis acreditavam em um deus supremo, que chamavam de deus do trovão e o denominavam “tupã”; Iamandu (ou Nhanderu ou Tupã), o deus Sol e criador. Com a deusa lua Araci, desceu à Terra num monte na região do Aregúa, Paraguai, e criou tudo sobre a face da Terra: o oceano, florestas, animais e as estrelas (no mito da criação).
Objetos de arte plumária e de cestarias indígenas.

No estudo sobre as culturas indígenas podemos destacar como fundamentais os trabalhos desenvolvidos por Darcy Ribeiro, antropólogo e indigenista brasileiro que atuou por quase dez anos no Serviço de Proteção ao Índio, atual Fundação de Amparo ao Índio (Funai); e por Claude Lévi-Strauss, antropólogo belga que desenvolveu trabalhos de observação da cultura indígena brasileira por décadas e lecionou Antropologia na Universidade de São Paulo (USP).

Darcy Ribeiro ajudou a fundar o Museu do Índio, que é uma instituição sediada no Rio de Janeiro e com polos em Cuiabá (Centro Cultural Ikuiapá) e em Goiânia (Centro Audiovisual do Museu do Índio). O Museu do Índio contém o maior acervo de artefatos indígenas do Brasil.

Os estudos e pesquisas etnográficas foram fundamentais para formamos uma mentalidade mais ética do que a visão europeia sobre os povos indígenas foi, desde a colonização, etnocêntrica, a qual considera o modo de vida indígena inferior por não conter elementos considerados, pelos europeus, símbolos de civilização e progresso. No entanto, a antropologia e a sociologia contemporâneas já desmistificaram essas análises preconceituosas, estabelecendo que as diferenças culturais entre os povos não são motivos para estabelecer-se uma hierarquia cultural.

QUESTÕES DE PROVAS JÁ APLICAS QUE SE RELACIONAM AO CONTEÚDO:

Questão 1 (Enem 2013)
TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam.

CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).

Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que

a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização.

Resposta:
Letra C
A carta de Pero Vaz tem valor histórico-documental, pois retrata a visão do colonizador durante o início da Colonização no Brasil; já a obra de Portinari retrata uma postura de inquietação por parte dos índios, que observam a chegada dos navios estrangeiros.

Questão 2 (Enem 2018)
TEXTO I Texto II


Disponível em: www.museunacional.ufrj.br. Acesso em: 11 dez. 2017

As duas imagens são produções que têm a cerâmica como matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla se distingue da urna funerária marajoara ao
a) evidenciar a simetria na disposição das peças.
b) materializar a técnica sem função utilitária.
c) abandonar a regularidade na composição.
d) anular possibilidades de leituras afetivas.
e) integrar o suporte em sua constituição.

Resposta:
Letra B
Mesmo que as duas imagens tenham como matéria-prima a cerâmica, a urna funerária tinha uma função utilitarista, enquanto a obra “Estrutura vertical dupla” não possui. Pelo menos, não é perceptível isso na comparação da prova.

Questão 3 (Enem 2015)
Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição.

Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns.

SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.

De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a)

a) suporte artístico.
b) nível tecnológico.
c) base antropológica.
d) concepção estética.
e) referencial temático.

Resposta:
O texto diz que o resultado vem de “impulsos humanos comuns” – por isso, letra C.


Questão 4 (Enem 2015)
As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da América do Sul” (o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como foram os astecas e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar claramente isso: que ela surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas (sumérios, egípcios, chineses, gregos, etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não empregavam um sistema de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda a América).

D’Angelis, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.

A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou

a) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.
b) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.
c) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.
d) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.
e) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.

Resposta:
Letra B
O texto diz que “os povos indígenas garantiram a conservação e a continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral.”

Referências
BOZZANO, Hugo. Arte em Interação. São Paulo: Ibep, 2013.
Civilização Maia, Portal são Francisco:https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/civilizacao-maia, acesso em 30/07/2020
LAGROU, Els. Arte ou artefato? Agência e significado nas artes indígenas. In: Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/ Arte, 2009. (p. 11-37)
RIBEIRO, Darcy. Matriz Tupi. 26’. Idealização e Direção: Isa Grinspum Ferraz
País/Ano: Brasil – 2000Série: Dez documentários baseada em obra de Darcy Ribeiro. https://www.youtube.com/watch?v=PawjDw-qJrs. Acesso em 04/06/2020.
VILELA, André. Coleção Telaris 8º ano. São Paulo: Editora Ática.



sexta-feira, 23 de julho de 2021

MEDIAÇÃO MUSEAL: um campo fértil na educação

Pátio externo do Museu Histórico e Artístico do Maranhão, na Rua Sol, Centro


MEDIAÇÃO CULTURAL

"Sobre a mediação, podemos definir que "mediar é estabelecer pontos de contato transformadores que modificam o olhar, a percepção e as interações no campo da arte e da cultura. Mais que explicar, quem media ilumina caminhos, além disso, o mediador não oferece respostas, mas, as indagações essenciais para estimular sentimentos profundos, que só a arte é capaz de alcançar” (Caderno de  mediação cultural do Sesc de Minhas Gerais).

A mediação cultural refere-se a todas as maneiras de interligação entre um objeto, espaço ou ambiente dotado de significado ao seu usuário. Esse processo configura-se em um papel ativo e transformador na construção do conhecimento, no qual a instância mediadora possui a responsabilidade de tornar possível a compreensão dos recursos informacionais em questão.

Há técnicas e estratégias de mediação que podem ser variadas e adaptadas pelas especificidades de cada exposição e seu público. Como exemplos do acompanhamento do público em uma visitação, a caminhada guiada pode ser complementada por palestras, oficinas, performances teatrais, placas, etiquetas, ambientação sonora, folhetos. iluminação cênica, montagens interativas, audioguias e meios audiovisuais, todos estes contando com a figura de um mediador;

"o ponto comum, entre as diversas estratégias de mediação cultural, é a promoção do senso crítico e da assimilação da informação como meio de construção do conhecimento". (WIKIPEDIA)

 

MEDIAÇÃO MUSEAL

O museu é uma fonte inesgotável de informações, um equipamento cultural que atua em todas as áreas do conhecimento, pelo fato de seus objetos serem fontes da história, da cultura e da vida, reunidos por tipos, categorias criando as coleções de arte (o hábito de colecionar existe desde a Antiguidade). 
O período de pandemia, causada pela infecção do Covid-19, limitou as visitações presenciais aos locais, potencializando as mostras e visitas virtuais de arte, estas, cresceram substancialmente, propiciando também grande apoio de recursos para as aulas e atividades não presenciais nas escolas.
Com os alunos e alunas do Centro de Ensino Liceu Maranhense, em visita ao Museu Histórico e Artístico, localizado na Rua do Sol, 2016.



Em visitas virtuais aos museus o aluno pode:
  • Conhecer as origens e importâncias dos museus para compartilhamento e ampliação do conhecimento;
  • Visualizar mostras e acervos mundiais, brasileiros e locais disponíveis virtualmente;
  • Envolverem-se com atividades de mediação museológicas;
  • Elaborar e realizar de atividades com caráter investigativo e com procedimentos científicos sobre os equipamentos museológicos locais e produção de vídeos sobre os mesmos;
  • Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
Também é capaz de desenvolver habilidades como:

· Reconhecer tipologias e categorias de acervos históricos e artísticos;
· Pensar crítica e cientificamente;
· Comunicar-se e argumentar de forma mais clara e coerente, confrontado realidades;
· Defrontar-se com problemas, compreendê-los e enfrentá-los, e assim,, não havendo meios físicos de visitação, buscando informações de forma virtual;
· Participar de um convívio social virtual que possibilite realizar-se como cidadão do mundo resguardando-se fisicamente;
· Fazer escolhas e proposições, transpondo possibilidades;
· Tomar gosto pelo conhecimento, aprender a aprender;
· Planejar investigações;
· Coletar, interpretar e analisar dados;
· Comunicar os resultados - em atividades escolares? - (aqui veremos vídeos produzidos por alunos para possibilitar “visitas virtuais” aos equipamentos culturais que colheram informações a respeito!!!).

Lista de espaços para visitações:

LOCAIS (lista dos museus de São Luís) 

💥 VÍDEOS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS DO IEMA 2021 - RESULTADO DA DISCIPLINA ELETIVA MUSEU EM 1 MINUTO!!!👀

Museu de Artes Visuais

Casa do Tambor de Crioula (VIDEO CRIADO PELA INSTITUIÇÃO ESPECIALMENTE PARA A DISCIPLINA ELETIVA) 

Casa do Maranhão

Fundação da Memória Republicana – Convento das Mercês

Memorial Maria Aragão



💗 MUSEUS LOCAIS💥 CLIQUE NOS NOMES PARA VISITÁ-LOS!!!👀
Casa de Nhozinho
Museu Histórico e Artístico
Museu Cafua das Mercês

(Eternizado nas cenas do filme “Curtindo a Vida Adoidado”👆) 
Museu Casa de Anne Frank, em Amsterdam
Museu d’Orsay, Paris – França
Museu Aeroespacial de Washington
Museu de História Natural de Washington
Yad Vashem Museu do Holocausto (Jerusalém, Israel)
Museu Pablo Picasso, Barcelona – Espanha
Rijksmuseum, Amsterdam – Holanda
Museu Reina Sofia, Madri – Espanha
Van Gogh Museum, Amsterdam – Holanda
The Guggenheim, Nova York – Estados Unidos
The Getty Center, Los Angeles – Estados Unidos
National Museum of Modern and Contemporary Art, Gwacheon – Coreia do Sul: 
La Casa Azul – Museu Frida Kahlo, Cidade do México, México
Hermitage Museum, St Petersburg – Russia
Ohara Museum of Art, Kurashiki – Japão

CONHEÇA AQUI UM POUCO DA HISTÓRIA DOS MUSEUS...

ORIGEM e ETIMOLOGIA

instituição que conserva acervos reunidos em coleções de objetos de arte ou ciências, para fins de preservação ou apresentação pública.

A palavra “MUSEU”, de origem grega, significa “templo das musas”. O termo já era usado em Alexandria para designar o local destinado ao estudo das artes e das ciências. O conceito de museu evoluiu ao longo do tempo, adaptando-se ao gosto e às necessidades das épocas.

AS COLEÇÕES

O hábito de colecionar existe desde a Antiguidade, a partir de V a.C. já há registros de exposições públicas.

“Uma coleção pode e iniciar por muitos motivos, mas a mania de guardar coisas existe desde o início das civilizações. Na Grécia antiga, nas escolas de Filosofia, conhecidas como liceus, os mestres filósofos guardavam coisas para servirem de estudos. Nos mosteiros da Idade Média, haviam salas fechadas (...) que guardavam objetos considerados profanos, tesouros da Antiguidade ligados a culturas diferentes do Cristianismo. Já os nobres, guardavam de tudo em seus castelos, em salas chamadas de gabinetes [de curiosidades], nas quais colecionavam desde objetos antigos e obras de arte até animais em taxidermia (empalhados).” (Livro “arte por toda parte” p. 281)

A bizarra coleção de cabeças do general Horatio Gordon Robley


Sensações para guardar

Há vários tipos de museus: dos históricos aos de arte e as mostras de arte têm a função de abrir acervos ou apenas parte, as coleções (divididas em tipos ou categorias): Qual a importância de tornar uma coleção (ou sua origem) pública???

A discussão proposta por Marcel Duchamp foi bastante inovadora, pois abriram caminho para a constituição de mostras e museus que tragam acervos onde o conceito é o ponto de difusão do objeto, e este também pode pairar no campo das sensações.

É  importante vislumbrarmos as novas possibilidades de disponibilizacões de acervos. Chamo atenção para o Museu da Memória Afetiva, em Natal, que mostra a relação da população e a historia da cidade, que se cruzam e interferem entre si.


ACERVOS

Os objetos são reunidos por tipos e categorias, criando as coleções ou acervos de arte. ambos são constituídos da reunião ou um conjunto de coisas ou objetos. Estes são termos utilizados, predominantemente, nas áreas de museologia, biblioteconomia e arquivística.

Etimologicamente, é a “reunião confusa de objetos” (Dicionário Michaelis) ou conjunto de bens, de propriedade pública ou particular, que compõem patrimônio” (Dicionário Aulete).

Mas atente: Acervo é diferente de coleção!!!!
Uma coleção implica coesão entre os itens que a compõem... A COLEÇÃO é um conjunto organizado, reunido pelo valor artístico, cultural, histórico etc. de seus componentes, ou por sua raridade, singularidade etc., ou pelo interesse do colecionador (coleção de selos, coleção de quadros)”

Coleção Brasiliana, Itaú Cultural, Avenida Paulista, SP e imagem de minha filha Analuz aos 2 anos visitando a mostra.

OS PRIMEIROS MUSEUS:

Museu arqueológico nacional de Veneza
A Coleção Grimani deu origem ao Museu Arqueológico Nacional de Veneza, cardeal Domenico Grimani doou 200 esculturas da Antiguidade clássica.

Ashmolean Museum
Foi originado da coleção de John Tradescant. Uma coleção de muitas peças da natureza, inclusive botânica, na cidade de Oxford, na Inglaterra, sendo o primeiro Museu universitário a ser fundado no mundo.

Museu Britânico

A coleção de Hans Sloane deu origem ao Museu Britânico. Hans Sloane (1660-1753) era um médico, naturalista e colecionador de objetos de história natural e outras curiosidades. Após sua morte, em 1759, o Parlamento do Reino Unido aprovou a compra da coleção, originando o Museu Britânico. incluiu 150 peças originárias do Egito e 50 mil volumes, além de 3.560 manuscritos. Ele tem mais de 8 milhões de peças, 50 mil ficam em exposição.


PARANDO PARA PENSAR, VISITAMOS MUSEUS QUANDO VIAJAMOS....💭

Quarentenas e isolamentos impostos em vários países do mundo durante a pandemia causada pelo Covid-19, fizeram praticamente dobrar o número de visitantes ao site do Museu Britânico, de 473 mil para 979 mil entre os dias 1º e 18 de março (2021).

O museu eleva o turismo em suas localidades!!! Atrai visitantes de todo o mundo.
Com isso:
  • Elevam o PIB;
  • Movimentam o turismo;
  • Oferecem trabalho e renda, nas localidades dos museus;
  • Envolve profissionais de diversificadas atribuições de arqueólogos, restauradores, curadores, mediadores culturais (Curadoria pedagógica/professores de arte), guias turísticos, hotelaria (no entorno), gastronomia, transporte....


O Museu do Louvre, foi o 1º museu público! Um monumento histórico em Paris, França. Um marco central da cidade, um patrimônio material, histórico, artístico e cultural da cidade.

Com coleções acessíveis a todos, com finalidade recreativa e cultural, tornou-se o museu mais visitado no mundo todo. A pirâmide de vidro construída em 1989, com 21 m.

Curiosidades....

  • Tem 228 anos;
  • Possui cerca de 380 mil objetos - da pré-história ao século XXI;
  • Tamanho: 72.735 metros quadrados;
  • Em 2019 - recebeu 9,6 milhões de visitantes: museu mais visitado do mundo;
  • Para conhecer todo o museu, segundo cálculos de experts, seria necessário caminhar pelo menos 4,8 quilômetros dentro do museu ao longo de 100 dias, isso considerando que o tempo dedicado a cada obra não estourasse a marca de 30 segundos);
  • A Monalisa ficava pendurada na parede do quarto de Napoleão Bonaparte;
  • Foi “roubada” por um italiano, o mesmo alegou repatriamento;
  • Durante o nazismo, foi o “depósito” das obras de arte roubadas pelos nazistas (filme “Os caçadores de obras primas” e “A dama dourada”;
  • Possui assombrações (uma múmia... – filmes: “Belphegor: o fantasma do louvre”);
  • Construído em 1190, como uma fortaleza, um castelo;
  • no século 16 (Período Renascentista) foi convertido em residência oficial dos reis franceses, Felipe I, Felipe II, ampliado várias vezes;
  • Inaugurado em 1793, com a revolução francesa – A coleção antes patrimônio real, tornou-se pública patrimônio nacional, depois foi o museu de Napoleão.
  • A coleção é dividida em oito departamentos curatoriais (os tipos e categorias): antiguidades egípcias; antiguidades do Oriente Próximo; antiguidades gregas, etruscas e romanas; arte islâmica; esculturas; artes decorativas; pinturas; impressões e desenhos.

Imagens de visitas guiadas dos alunos do IEMA UP São Luís, ao Palácio dos Leões e ao Museu de Arte Sacra












REFERÊNCIAS:

HEINICH, Nathalie. A sociologia da arte. Tradução: Maria Ângela Caselatto. Florianópólis: EDUSC,Edusc, Ano. (p. 9-15) LARAIA, Roque de Barros. “Como opera a cultura” In: Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 1988. (p.60- 76)

LOSADA, Terezinha. A História da Historia da Arte. In: A Interpretação da imagem: subsídios para o ensino da arte. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2011. (p. 41-163).

READ, Herbert. A educação pela arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001

UTUARI, Solange; LIBÂNEO, Daniela; SARDO, Fábio; FERRARI, Pascoal. Arte por toda parte São Paulo: FTD, 2016.

ZOLBERG, Vera. Para uma Sociologia das Artes. São Paulo: Editora Senac, 2006. (p. 205-238)


http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf. Acesso em: 29/03/2021