Performance e intervenção

 

Performance da Mãe D'água do artista Uimar Júnior, na praça Pedro II, em São Luís

A performance é uma modalidade artística híbrida, pode mesclar diversas linguagens na mesma obra, como teatro, música e artes visuais. Está relacionada também ao happening, algumas vezes, os termos são descritos como se fossem a mesma coisa. Mas, há diferenças entre os dois tipos de manifestações artísticas.

A performance acontece quando o artista apresenta uma cena em que normalmente utiliza seu corpo como suporte enquanto os expectadores a observam; já no happening, o público costuma participar também da ação.

Etimologicamente, a palavra performance deriva do francês antigo parformance, e significa "dar forma", "fazer". A imagem mostra a obra Rest Energy (1980), famosa performance de Marina Abramović e Ulay.

Na década de 1960, a performance art ou performance artística surge, na arte contemporânea, como uma modalidade de manifestação artística interdisciplinar, cujas origens estão ligadas aos movimentos de vanguarda (dadaísmo, futurismo, Bauhaus).

Em São Luís, o grupo Tramando Teatro apresenta-se em um exemplo de performance chamado “Passeio Serenata”, caracterizados como personagens históricos para o público que passa pelo Centro Histórico da cidade. 

A performance DIFERE do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Em geral, segue um "roteiro" previamente definido, podendo ser reproduzida em outros momentos ou locais. É realizada para uma plateia quase sempre restrita ou mesmo ausente e, assim, depende de registros - através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos - para se tornar conhecida do público. 

O happening, do inglês significa acontecimento.  Nele, são incorporados elementos de improvisação e espontaneidade, nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação. Muitos chamam essa modalidade artística como sinônimo da performance, mas difere-se pela imprevisibilidade e pela participação direta ou indireta do expectador.

INTERVENÇÃO!

Intervenção do Coletivo ZBM, da artista Marlene Barros, na Universidade Federal do Maranhão

Tratando de intervenções, há o trabalho do Coletivo Linhas, criado em 2016, composto por oito mulheres que utilizam o croché para pensar a cidade de forma crítica e criativa, interferindo em sua estética visual, propondo reflexões sobre o contexto social, político e cultural que estamos inseridos.

Obra intitulada "Cardume de peixe/cardume de gente"

 A obra acima, "Tapete", foi tecida na rua, as artistas, tecelãs, fazem parte da obra, na medida que "interferem" no espaço urbano demarcando sua arte.

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